Os resultados do inquérito aplicado pela Agência Fundamental 
para os Direitos da União Europeia [FRA, Violence against women survey, 2012] 
estimam que 3,7 milhões de mulheres na EU foram vítimas de violência sexual em 
2011. Para Portugal seriam 41.542 mulheres e raparigas que, em 2011, 
teriam ter sido vítimas de violência sexual por parceiros e não 
parceiros. 
Nos últimos 14 anos foram registados em Portugal 
(INE), pelas autoridades policiais, 5.088 crimes de violação, o que 
corresponde a uma média de 391 violações por ano, 33 violações por mês - isto é, 
1 violação por dia.
A violação é internacionalmente reconhecida como uma das 
formas mais devastadoras de violência baseada no género e um atentado à 
integridade física, psicológica e sexual de raparigas e de mulheres e uma 
violação dos seus direitos humanos. A verdade é que esta continua a ser 
considerada um tabu e permanece envolta em silêncio. A grande maioria dos crimes 
sexuais contra mulheres não é revelada e a violência sexual continua subestimada 
(EIGE 2013).
IndignAção! 
A Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o 
Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica vincula 
Portugal a disponibilizar apoio às vítimas de violência sexual, 
nomeadamente a “adotar as medidas legislativas ou outras que se revelem 
necessárias à criação de centros de crise adequados, de acesso fácil e em número 
suficiente” (Artigo 25.º).
Exige:
Um Centro Especializado no apoio a 
Sobreviventes de Violação por cada 200.000 mulheres (requisitos mínimos do 
CoE); A observância das convenções e tratados internacionais ratificados pelo 
Estado Português por parte de parlamentares, decisores/as políticos/as e 
governos que garantam o cabal cumprimento dos direitos humanos das mulheres; A 
definição de procedimentos de intervenção em casos de violação e de violência 
sexual contra as mulheres e jovens (raparigas e rapazes), em rede, para que, 
em tempo útil, de forma integrada e coerente, se protejam as mulheres, jovens e 
crianças; A responsabilização dos agressores; Formação específica 
dirigida a profissionais da justiça, forças de segurança, saúde e apoio social 
centrada no apoio especializado a vítimas e no combate aos estereótipos 
relativos à violência sexual; A definição e implementação de estratégias, 
eficazes e sustentáveis, de prevenção dirigida a diferentes grupos (desde 
campanhas de sensibilização dirigidas ao público em geral, a programas 
educativos dirigidos a crianças e jovens nas escolas, linhas de orientação para 
os media, etc.); Um maior conhecimento (estatísticas e estudos) sobre a 
violência sexual e a violação em Portugal. Só conhecendo se consegue intervir 
adequadamente. 
INDIGNAÇÃO
contra a Violência Sexual 
Se estas são também as tuas exigências, 
indigna-te agindo 
ASSINA ESTA PETIÇÃO!
http://www.avaaz.org/en/petition/Primeiro_Ministro_de_Portugal_Exigimos_servicos_especializados_para_sobreviventes_de_violencia_sexual/?tfzHobb

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